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Foto: Kevin Lamarque/Reuters (capa) e Reprodução CNN
Os candidatos à candidatura republicana nas eleições dos Estados Unidos se enfrentam hoje na segunda prévia de seu processo de nomeação no estado de New Hampshire.
Dessa vez, os eleitores democratas terão sua própria prévia – uma batalha que deverá ser significativamente menos competitiva.
As primárias de New Hampshire acontecem oito dias depois das convenções republicanas de Iowa, dominadas pelo ex-presidente Donald Trump.
Seus concorrentes estão ansiosos para provar que suas candidaturas ainda são viáveis, apesar da vitória de quase 30 pontos percentuais de vantagem de Trump em Iowa.
A prévia de New Hampshire acontece nesta terça-feira (23), com o horário exato dependendo do local de votação.
Ao contrário de Iowa e de alguns outros estados, que dependem de um sistema de “caucus” relativamente complicado, os eleitores em New Hampshire votam da mesma forma que fariam em qualquer outra votação.
Do lado republicano, 22 delegados para a Convenção Nacional Republicana estão em disputa e serão atribuídos em uma base proporcional.
Embora esta seja uma pequena parte dos 1.215 delegados necessários para garantir a candidatura, o estado tradicionalmente tem desempenhado um papel descomunal no processo de indicação devido ao seu primeiro lugar no calendário.
Para os democratas, 33 delegados serão enviados por New Hampshire para a Convenção Nacional Democrata, que acontecerá durante o verão no hemisfério Norte.
No entanto, os votos dos delegados do estado durante a Convenção – que oficialmente decidirão o candidato democrata – não estarão vinculados oficialmente aos resultados da prévia desta terça-feira.
Em uma reformulação de seu calendário eleitoral, o Partido Democrata transferiu sua primeira prévia de 2024 para a Carolina do Sul.
A decisão teve o objetivo de refletir melhor o partido, já que a Carolina do Sul é um estado significativamente mais diversificado do que a população branca de quase 90% de New Hampshire.
Os eleitores democratas votarão nesta terça-feira (23) apenas porque a lei estadual de New Hampshire exige que ele sedie as primeiras primárias, e o governo estadual – controlado pelos republicanos – se recusou a fazer qualquer alteração legislativa sobre a data da prévia.
Dessa forma, na prática, as primárias de New Hampshire servirão puramente como um termômetro do apoio aos democratas na disputa.
Os principais candidatos republicanos nas urnas serão Trump e a ex-embaixadora americana na ONU, Nikki Haley.
Os principais candidatos democratas nas urnas são o deputado americano Dean Phillips, de Minnesota, e a guru de autoajuda Marianne Williamson.
O presidente democrata Joe Biden está concorrendo à reeleição, mas não está na cédula por causa da disputa sobre a data das primárias.
Alguns de seus apoiadores, no entanto, lançaram uma campanha para que as pessoas escrevam o nome de Biden na cédula ao votar.
De acordo com o site 538 de pesquisas e análises, Trump lidera o campo republicano em New Hampshire, com 43% dos prováveis eleitores nas primárias planejando votar no ex-presidente.
Haley está em segundo lugar com 30% de apoio.
A corrida pode estar mais apertada do que parece, no entanto. O ex-governador de Nova Jersey, Chris Christie, um crítico ácido de Trump que fez forte campanha em New Hampshire, desistiu da disputa no início de janeiro, fato não refletido nas pesquisas mais recentes. Espera-se que a maioria de seus apoiadores mude seu voto para Haley.
O estado é conhecido por seu tipo de republicanismo relativamente moderado e de mentalidade libertária. Além disso, as primárias em New Hampshire são “semiabertas”, o que significa que os eleitores que não estão registrados em nenhum partido podem participar, o que pode ajudar os candidatos considerados centristas.
Biden está vencendo com folga entre os democratas, embora as pesquisas tenham sido extremamente inconsistentes, com o apoio a Phillips, o seu concorrente mais próximo, entre dígitos únicos e um pouco mais de 20 pontos, dependendo do pesquisador.
O fato dos apoiadores de Biden terem que escrever o nome dele nas urnas acrescenta outro elemento de incerteza.
Do lado republicano, a maioria dos analistas políticos concorda que New Hampshire apresenta aos concorrentes de Trump a melhor oportunidade para obter uma vitória – ou pelo menos um segundo lugar próximo.
Isso é particularmente verdadeiro no caso de Haley, que ganhou um impulso significativo no estado nos últimos meses.
Se Haley não conseguir desafiar Trump, o ex-presidente poderá emergir como o presumível candidato republicano para enfrentar Biden nas eleições gerais de novembro.
Se Haley se sair bem, provavelmente irá reter doadores e eleitores interessados suficientes para apresentar um desafio credível nas semanas seguintes.
Mesmo que Trump perca, os seus concorrentes enfrentarão uma batalha difícil. O ex-presidente lidera por cerca de 30 pontos percentuais na Carolina do Sul, estado natal de Haley, onde a próxima grande disputa de indicações acontecerá no final de fevereiro.
Nacionalmente, Trump detém uma vantagem de 37 pontos, de acordo com a pesquisa mais recente da Reuters/Ipsos.
New Hampshire representa uma oportunidade para os adversários democratas de Biden provarem que há apetite entre os eleitores para substituir o titular do partido.
Biden dedicou a maior parte de sua energia à Carolina do Sul, sede da primeira disputa totalmente sancionada de seu partido e onde o apoio dos democratas do estado o ajudou a garantir a indicação em 2020.
*Fonte: Gram Slattery/Reuters via CNN
Foto: Kevin Lamarque/Reuters (capa) e Reprodução CNN
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