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FOTO: INTERNET
Da Redação – Na segunda etapa das primárias presidenciais republicanas, que aconteceram nesta terça-feira no estado de New Hampshire, o ex-presidente Donald Trump levou a melhor sobre a ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, sua única adversária. Com pouco menos de 20% das urnas contabilizadas, o ex-presidente foi declarado vitorioso pela Associated Press.
O ex-presidente consolidou seu favoritismo na oposição para enfrentar em novembro o presidente Joe Biden, candidato à reeleição. Nenhum candidato republicano venceu em Iowa (que foi às urnas no último dia 15) e em New Hamsphire e perdeu a indicação do partido para a Casa Branca antes. O resultado desta terça-feira, entretanto, acendeu o sinal amarelo na candidatura Trump, por conta dos votos recebidos por Haley nas áreas tradicionalmente mais democratas do estado.
O bom desempenho de Haley em um estado mais moderado do que Iowa, onde cidadãos não filiados podiam votam na corrida republicana, era crucial para que a candidata se consolidasse como opção viável para barrar Trump. Poucos minutos após o anúncio da vitória do ex-presidente, a candidata fez um discurso para apoiadores em que garantiu seguir na disputa. A próxima prévia, no dia 23 de fevereiro, será na Carolina do Sul, estado que Haley governou por dois mandatos, entre 2011 e 2017.
“A disputa está só no começo. E os eleitores da Carolina do Sul não querem uma coroação, e sim uma eleição”, disse.
Questionada sobre os comentários de Trump, em comício no dia anterior, quando o ex-presidente sugeriu que ela provavelmente desistiria após a derrota em New Hampshire, Haley já havia sido enfática:
“Não faço o que ele me diz para fazer. Nunca fiz o que ele me diz”, disse Haley, que foi escolhida por Trump para ser embaixadora dos EUA nas Nações Unidas.
Em entrevista à Fox News logo após ser declarado vitorioso, Trump sugeriu que Haley suspenda sua campanha para que o partido possa direcionar recursos para derrotar Biden, embora tenha afirmado mais cedo que “nunca pediria a alguém para desistir”. Pouco depois, quando subiu ao palco em sua festa da vitória em Nashua, no sul do estado, Trump disse estar pronto para competir contra Haley na Carolina do Sul, mas passou grande parte do discurso criticando a adversária.
“Ela se saiu muito mal, na verdade”, disse Trump.
Pesquisas mostram Trump com 60% dos votos no estado sulista, contra 25% de Haley. E analistas afirmam que será um risco enorme para o futuro político da ex-governadora perder de forma inequívoca em seu estado natal.
O resultado de New Hampshire confirmou a força de Trump, de 77 anos, mesmo com seus problemas com a Justiça. Ele responde a 91 processos, um deles por alegadamente tentar alterar os resultados das eleições de 2020, vencidas por Biden.
“Saiam da cama e vão votar!”, disse Trump na noite de segunda, durante um ato de campanha em Laconia, no estado do nordeste do país. “Devemos ir às urnas pois temos que vencer por ampla margem”. Os números mostram que seus aliados saíram de casa. E que Haley, uma vez mais, chegou quase perto de seu objetivo. Em Iowa, a ex-governadora almejava a segunda posição, mas chegou em terceiro lugar no estado do meio-oeste, com 19% dos votos, atrás do governador da Flórida, Ron DeSantis, que abandonou a disputa no domingo — reduzindo o que originalmente era um campo com 14 candidatos a um duelo claramente desigual.
Apesar de mais uma vitória, a campanha de Trump esperava uma margem ainda maior sobre Haley, e o sinal amarelo acendeu especialmente com os resultados iniciais nas áreas tradicionalmente mais democratas, onde Haley vencia com margem maior do que o esperado.
Metade dos eleitores da candidata, segundo a boca de urna da Associated Press, foi de eleitores que se diziam moderados e com diploma universitário. Na boca de urna da CNN, por sua vez, 44% dos eleitores de Haley responderam não ficar nada satisfeitos com uma vitória de Trump.
O ex-presidente, em entrevista a uma rádio antes de os resultados serem divulgados, afirmara que não esperava que Haley desistisse tão cedo. Mas, acrescentou, não “vê um caminho” para ela conquistar a indicação do partido.
Questionado sobre como conseguiria que os apoiadores de Haley, que se opõem firmemente à sua candidatura, votassem nele nas eleições gerais, afirmou: “Todos votarão em mim”, acrescentando que a insatisfação com o presidente Joe Biden será decisiva.
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