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Por que o presidente dos EUA é sempre democrata ou republicano? Imagem: Freepik
Embora existam outros partidos políticos além do partido republicano ou do democrata, esses dois partidos mantêm uma hegemonia sobre a presidência norte-americana há mais de 160 anos. Mas por que isso acontece?
No Brasil, por exemplo, também é visto diversos partidos políticos, e apesar de existir uma certa dominância de alguns, como o partido dos trabalhadores (PT), o Movimento Democrático do Brasil (MDB) ou até o Partido Liberal (PL), não é Muito incomum ver presidentes ou outros políticos de partidos menores sendo eleitos, como foi o caso, por exemplo, do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, que foi eleito presidente em 2018 concorrendo por um partido que nunca teve eleito um presidente, o PSL.
No entanto, diferentemente do que acontece no Brasil, nos Estados Unidos os presidentes eleitos são sempre do partido republicano ou democrata, e isso acontece por uma série de fatores, confira agora.
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Os Estados Unidos possuem um sistema político bipartidário dominado pelo Partido Democrata e pelo Partido Republicano, e apesar de haver partidos menores, como, por exemplo, o Partido Libertário e o Partido Verde, eles nunca são destaque por conta do seu tamanho que não é tão grande . Esse sistema bipartidário forte dificulta o sucesso de candidatos de outros partidos, pois para que os outros partidos consigam o sucesso, é necessário uma base de apoio muito forte, com campanhas eleitorais que alcançam mais pessoas e doações financeiras, o que raramente acontece, dado que apenas os dois principais partidos têm o apoio popular.
Outro fator que dificulta a eleição de terceiros partidos é o sistema eleitoral americano, como o Colégio Eleitoral e o “voto vencedor leva tudo” que reforça ainda mais o bipartidarismo.
O Colégio Eleitoral é um grupo de deputados que representa o povo americano e é responsável por eleger o Presidente e o Vice-Presidente. O número de participantes em cada estado é igual ao número de membros que o estado tem no Congresso, ou seja, de maneira proporcional ao tamanho da população do estado.
Já o voto vencedor leva tudo” significa a seguinte forma: Cada estado tem um número de delegados no Colégio Eleitoral. Quando um candidato obtém a maioria dos votos populares em um estado, ele ganha todos os delegados desse estado, independentemente da margem de vitória. Isso significa que mesmo que um candidato de um terceiro partido que ganhe muitos votos em um estado, não ganhará nenhum delegado caso outro candidato tenha vencido nesse estado.
Tudo isso, juntamente com outros fatores, reforça o bipartidarismo e impede a ascensão de partidos menores.
Outro fator que também impacta é a cultura americana enraizada nesses dois partidos majoritários, a maioria dos americanos se identifica como Democrata ou Republicano, e muitos se sentem desleais ou hesitam na hora de votar em candidatos de outros partidos. Além disso, muitas pessoas que sabem da força do bipartidarismo, acabam de resistir de votar em um terceiro candidato porque sabem que seu voto será “desperdiçado”.
O bipartidarismo não é necessariamente algo positivo. Ele pode limitar a escolha dos candidatos em apenas dois candidatos, o que faz escolher entre os “menos piores” e pode levar à polarização política, o que já é bastante comum de se observar nos Estados Unidos desde as eleições de 2020.
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