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Foto: Redes sociais
A falta de quatro parafusos foi o que levou uma porta de um Boeing 737-900 MAX ser ejetada em pleno voo em janeiro, afirmou o relatório dos Estados Unidos sobre o caso, divulgado nesta terça-feira (6).
O documento, feito pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB, na sigla inglês), que ficou responsável pela investigação do caso, indicou que o avião pode ter saído da fabricante já sem os parafusos.
Segundo os investigadores, os parafusos haviam sido retirados na fábrica para um conserto e não foram colocados de volta.
O documento divulgado nesta terça é uma versão preliminar do relatório. Agora, a investigação buscará os manuais de fabricação que foram usados para autorizar a abertura e fechamento da porta durante o conserto.
A porta que se desprendeu era uma espécie de "tampão" acoplado em uma porta extra construída no Boeing 737-900 MAX. Segundo o NTSB, 171 aeronaves do tipo tinha esse tampão porque as companhias optaram por não utilizar as portas.
Após a divulgação do relatório, o presidente e CEO da Boeing, Dave Calhoun, disse que sua companhia deve ser responsabilizada.
“Quaisquer que sejam as conclusões finais alcançadas, a Boeing é responsável pelo que aconteceu. Um evento como este não deve acontecer num avião que sai da nossa fábrica”, declarou.
A Boeing acrescentou que “implementou um plano de controle para garantir que todos os plugues de saída intermediária do 737-9 sejam instalados de acordo com as especificações”.
O incidente ocorreu há um mês em um voo da companhia Alaska Airlines. O piloto conseguiu fazer um pouso de emergência, e ninguém se feriu, mas um menino pequeno sentado no assento do meio teve a camisa sugada pela força do vento. A criança sobreviveu porque estava com o cinto afivelado.
Havia 171 passageiros e seis tripulantes a bordo, mas um menino pequeno sentado no assento do meio teve a camisa sugada pela força do vento. A criança sobreviveu porque estava com o cinto afivelado.
Desde então, a Agência de Aviação dos Estados Unidos determinou a suspensão temporária dos voos Boeing 737-900 MAX nos EUA e determinou uma vistoria em todas as aeronaves. Nesse processo, a United Airlines e a Alaska Airlines, que utilizam o modelo, disseram ter encontrado parafusos e peças soltas na porta tampão.
Esse modelo já tinha sido suspenso depois de 2 acidentes, em 2018 e 2019, que mataram centenas de pessoas, e só voltou a voar depois que a Boeing solucionou a falha num software na cabine.
A Boeing pagou ao governo americano uma multa de US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões), por causa desses acidentes.
A Agência Nacional de Aviação Civil afirmou que as companhias aéreas brasileiras não usam o Boeing 737 Max 9, e que a determinação da agência de aviação americana não tem impacto sobre as operações aéreas no Brasil.
Fonte: Portal g1
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