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FOTO; Reprodução/ Agência Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro fica em silêncio, nesta quinta-feira (22), em depoimento prestado sobre uma suposta tentativa de golpe nas eleições de 2022.
“O único motivo do silêncio foi ele ter sido convocado para depor em uma investigação semi-secreta”, disse Paulo Cunha Bueno, responsável pela defesa do ex-chefe do Executivo.
Os advogados de Bolsonaro afirmaram que ele optou por não falar nada como uma forma de estratégia.
Na saída da sede da PF, em Brasília, eles disseram que, devido à falta de acesso aos documentos, como as declarações do coronel Mauro Cid e as informações obtidas em celulares e computadores de outros investigados, não haviam justificativas para que o ex-chefe do Executivo tivesse que depor.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes negou todos os pedidos da defesa de Bolsonaro para adiar o depoimento.
Além dele, a PF intimou outros 12 investigados na Operação Tempus Veritatis.
Na lista, estão os generais e ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira; o almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier e também o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, além do ex-titular da Justiça Anderson Torres.
Os peritos encontraram no celular de Torres um material em que ele afirma, diante da possibilidade de golpe, que "a hora de atuar é agora".
Na reunião ministerial gravada em julho de 2022, o ex-ministro defende uma atuação incisiva da equipe nas eleições daquele ano.
Também estão na lista de depoentes Marcelo Câmara, número dois da ajuda de ordens, Mário Fernandes, que era ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência e Tércio Arnaud, investigado por participar de um suposto gabinete do ódio.
Além deles, a lista conta ainda com Cleverson Magalhães, Bernardo Romão Correia Neto e Ronald Ferreira de Araújo Junior, todos do Exército Brasileiro.
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