Compartilhe esse artigo:
Foto: iStock
O Brasil, governado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os Estados Unidos, administrado por Joe Biden, do Partido Democrata, se destacam como os dois maiores governos das Américas. A influência norte-americana, por um lado, se apresenta em todo o mundo, enquanto que o Brasil é o principal líder na América Latina.
Todavia, Joe Biden assumiu seu governo em janeiro de 2021, depois de uma disputa acirrada com o ex-presidente Donald Trump do partido Republicano. Ele é o 46º presidente norte-americano e se tornou conhecido ao ocupar o cargo de vice-presidente durante os dois mandatos de Barack Obama.
O primeiro mandato de Lula foi em 2003 e foi reeleito em 2007. É um político que se destacou por um perfil voltado para ações governamentais destinadas a cidadãos mais vulneráveis socialmente. Ele ficou conhecido no mundo todo com seu programa Fome Zero e se elegeu novamente em 2022, assumindo o cargo no ano seguinte.
Os dois foram eleitos depois de governos anteriores mais conservadores, como os de Jair Bolsonaro (PL) e Donald Trump. Nestes dois casos, houve uma grande influência da pandemia da covid-19 em suas administrações, visto que tiveram que instituir o lockdown, o que acabou tendo resultados negativos nas suas economias.
O governo de Biden retirou as tropas norte-americanas do Afeganistão em 2021. Essa ação fez com que o Talibã, organização fundamentalista islâmica, voltasse ao poder em seu país, o que gerou inúmeras críticas ao atual presidente. Além disso, suas políticas econômicas acabaram trazendo o retorno da inflação nos EUA.
Os Estados Unidos, neste atual governo, ainda se registra um bom crescimento econômico. No entanto, Joe Biden tem recebido análises negativas em outros setores, como em seu controle mais rígido acerca da imigrção em seu país. Seu apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia também gerou inúmeras controvérsias.
Analogamente, Joe Biden é considerado um político moderado, tendendo mais ao centro, mas também possui algumas características conservadoras. Ele defende, por exemplo, o combate às mudanças climáticas, a descriminalização do aborto, e o controle das armas de fogo. Essas posições não encontram um apoio total nos EUA.
O atual governo de Lula procurou em seu início, alterar algumas ações de Bolsonaro, como a mudança do nome do Auxilio Brasil para Bolsa Família, além de aumentar o benefício para as famílias vulneráveis. Ele atuou no desenvolvimento da indústria automobilística ao reduzir a carga tributária de inúmeros veículos.
Em 2024 Lula procura instituir ações para um maior equilíbrio fiscal e investimentos em políticas públicas. O controle da inflação, a taxa de juros básica Selic e o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do país estão na pauta de seu governo. Atualmente o presidente tem anunciado medidas a favor da indústria nacional.
Em sua política industrial, Lula pretende oferecer financiamentos de até R$300 bilhões até o fim de 2026. Em seu discurso ele fala sobre um suposto aumento do protecionismo nos países, afetando a exportação de produtos brasileiros. Ele tem sido criticado pelo fato de que suas atuais propostas estavam presentes em governos anteriores.
A princípio, uma das grandes diferenças relacionadas aos mandatos anteriores do presidente Lula, são as relações internacionais. Atualmente duas guerras estão em andamento, à da Ucrânia e Rússia e também o conflito de forças entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que teve início no mês de outubro do ano passado.
O presidente Lula foi duramente criticado ao polemizar sobre os dois conflitos, culpando a Ucrânia pela guerra e afirmando que as ações israelenses contra Hamas também seriam um ato de terrorismo. Neste momento, o Brasil é o presidente rotativo do Mercosul, do Conselho de Segurança da ONU e do G20.
Em relação ao presidente norte-americano Joe Biden, ele afirmou que tem conversado com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sobre uma proposta de criação de um estado independente para a população palestina. Ao ser questionado sobre essa solução, ele afirmou que é possível chegar a um acordo.
Biden apoia as ações israelenses, como a liberação dos reféns pelo Hamas, mas defende a entrada de uma maior assistência humanitária em Gaza, e a redução da morte de palestinos no conflito. Sobre a guerra na Ucrânia, o presidente norte-americano se reuniu recentemente com o Congresso para continuar com sua ajuda ao país.
Em 2024 haverá mais uma eleição presidencial nos Estados Unidos. De acordo com o ministro das Relações Exteriores do governo brasileiro, Mauro Vieira (PT), em uma entrevista recente, as relações entre o Brasil e os EUA não serão afetadas no caso de Donald Trump vencer. O diálogo entre os dois países deverá continuar.
Mauro Vieira afirmou que “ganhará quem o povo americano escolher, nós vamos continuar a dialogar com o novo governo ou o governo reeleito do presidente Biden, porque os interesses entre os dois países são muito grandes, são importantes e vai se continuar conversando”. Ele diz que as relações com os EUA são prioritárias.
Em síntese, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, era um dos maiores aliados de Jair Bolsonaro. Mesmo assim, segundo o ministro das Relações Exteriores brasileiro, do atual governo Lula, há um comércio importante com os Estados Unidos, um grande investimento no Brasil que deve ser considerado.
Mauro Vieira reforçou que os EUA e o Brasil irão comemorar neste ano de 2024 o bicentenário da formação das relações diplomáticas entre os dois países. O governo norte-americano reconheceu em 1824 a independência brasileira. Desde então as duas nações têm atuado em conjunto em inúmeras ações na política internacional.
Em um encontro entre o presidente Lula e o presidente norte-americano Joe Biden no ano passado, em uma reunião bilateral que ocorreu na cidade de Nova York, eles lançaram uma iniciativa em conjunto para a valorização do trabalho digno nos dois países através de programas sociais, com o objetivo de gerar mais emprego.
Em conclusão, o cenário internacional em 2024 é um pouco diferente, visto que a economia dos dois países poderá ser afetada pelas guerras na Ucrânia e em Israel. Os presidentes Lula e Biden têm um papel importante para a resolução dos conflitos, com algumas ideias díspares, mas em busca de uma solução.
Todos Direitos Reservados © Brazilian News 2024.