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Imagem: AUN
Você já pensou se mudar para um país completamente novo? Onde você não domina bem o idioma, não conhece ninguém e nenhum lugar parece familiar? Em outras palavras, isso é o que enfrenta diversas pessoas que imigram todos os anos. Na maioria das vezes, em busca de uma qualidade de vida melhor. Por isso, é de se esperar que a saúde mental não vá bem nesses contexto.
Segundo especialistas, é natural que os imigrantes passem por uma espécie de luto por deixar para trás tudo aquilo que conhece. Mas, com o tempo a expectativa é que eles se integrem a aquela nova sociedade e possam viver bem. Infelizmente, algumas vezes não é isso que acontece.
A síndrome de Ulisses costuma ser um dos maiores problemas para imigrantes. Essa síndrome ocorre quando a fase de luto citada anteriormente não passa e a pessoa acaba desenvolvendo várias doenças mentais. Alguns exemplos são depressão, ansiedade e episódios dissociativos.
Todos esses sintomas quando não tratados, acaba dificultando ainda mais o reconhecimento da pessoal naquele novo espaço.
Independente do país escolhido para imigrar, o brasileiro costuma sofrer algumas dificuldades comuns. Mas, algumas vezes elas podem ser em tons de piadas ou gozação, mas faz com que a pessoa se sinta cada vez pior.
A xenofobia e o preconceito por estar vindo de outro país é um dos episódios mais comuns sofridos por imigrantes brasileiros. Todavia, as pessoas podem duvidar da sua capacidade por você ser de outro país, te tratar mal ou até mesmo tentar te proibir de expressar a sua cultura, como conversar em seu idioma com outra pessoa, por exemplo.
Alguns brasileiros decidem se mudar antes mesmo de aprender a língua do país. Algumas vezes eles podem saber o básico, mas as vezes nem isso. Mas, isso faz com que muitas vezes você perca oportunidades de emprego e seja sempre rebaixado ainda que tenha formações ou que não seja preciso a língua oficial do país para exercer o seu trabalho.
Muitos brasileiros se sentem mal e se culpam por não conseguir aprender a língua nova e isso pode causar um extresse enorme podendo ocasionar a depressão.
Por último, mas não menos importante, é fundamental lembrar da falta que a família e os amigos fazem. Porém, em casos excepcionais, isso pode até mesmo causar um retorno da pessoa para o país de origem. Por exemplo, quando uma mulher decide ter um filho no exterior e percebe que não tem nenhuma rede de apoio.
Momentos assim delicados, costumam ser o estopim final para a pessoa desistir da imigração. Contudo, pessoas mais favorecidas podem contar ainda com visitas, mas isso não é um benefício para todas, infelizmente.
Outro ponto a se destacar é que diferente do Brasil, onde temos o Sistema Único de Saúde (SUS), nos países de fora até mesmo quando a saúde é pública você pode ter que pagar por ela. Toda via, em alguns países, para ser contratado em qualquer serviço você precisa adquirir e pagar mensalmente um seguro saúde.
Apesar do país poder te oferecer uma condição financeira melhor, isso muitas vezes é uma surpresa para os brasileiros que estavam acostumados com o SUS. Por isso, muitas vezes o imigrante pode acabar deixando a saúde mental para depois, o que acaba sendo um grande erro.
Ao pensar em ser um imigrante fora do país é importante considerar todas essas questões. Mas, sobretudo, estar preparado para cuidar da sua saúde mental. Afinal, isso será o primeiro passo para cumprir os seus objetivos, seja ele estudar, trabalhar, melhorar a qualidade de vida ou só ter uma experiência morando fora.
Apesar de ter algus desafios a ser superado, nunca espere para procurar ajuda. Mudar de país demanda muitas outras mudanças e você não precisa passar por tudo isso sozinho. Além disso, considere, por exemplo, fazer sessões online com um profissional brasileiro se for se sentir mais confortável.
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